18 de outubro de 2024

Usuários reclamam de serviços e condições do Aeroporto Internacional de Belém: ‘um dos piores do Brasil’

Nas últimas semanas as reclamações sobre a estrutura, gestão, atendimento e serviços no Aeroporto Internacional de Belém, em Val-de-Cans, têm tomado conta das redes sociais, onde não são poucos os comentários sobre o “total abandono” do local.

Sem esconder a insatisfação e sem ter para onde correr, quem depende do aeroporto para viajar usa as redes sociais para desabafar sobre os “perrengues nada chiques”. “Esse aeroporto parece uma rodoviária melhorada. Um dos piores do país!!!”, desabafou um internauta. “Já passou da hora de Belém ganhar um aeroporto melhor, esse nosso está pequeno e defasado”, reivindicou outro. “Privatiza que melhora, não é assim? Taí”, questionou um terceiro, lembrando a privatização do Aeroporto em agosto do ano passado.

ntre as reclamações, uma das mais recorrentes é a falta de ar-condicionado no local. “Pior que não tem ar refrigerado. O maior calor. Eles devem ter apenas alguns. Que calor meu Deus”, reclamou um usuário. As queixas aumentaram depois da administração do Aeroporto divulgar, na semana passada, que pretende reajustar em 17% o valor da tarifa de embarque ainda este ano. Diante das péssimas condições e serviço do espaço, a notícia do aumento gerou revolta.

Segundo o consórcio Norte da Amazônia Airports (NOA), que passou a administrar o aeroporto após a privatização, as tarifas de embarque, conexão, pouso e permanência de aeronaves, tanto domésticas quanto internacionais, aguardam liberação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para serem reajustadas.

O aumento deve afetar diretamente o consumidor final, que em voos domésticos, atualmente pagam R$ 42,29 e devem pagar o valor tarifário de R$ 49,59. Já em voos internacionais, o valor atual é de R$ 74,89 e passaria para R$ 87,83.

“Pagar mais caro para usufruir das péssimas acomodações do aeroporto de Belém, que está mais para uma rodoviária com grife”, escreveu um internauta. “Quem pensou que iria melhorar com a privatização? Kkk até o ar tá faltando lá, virou sauna”, comentou outro. “Poderiam melhor o ar condicionado que nem funciona dentro do aeroporto”, ponderou um terceiro.

PRIVATIZAÇÃO

Atualmente, o Aeroporto Internacional de Belém é administrado pela Norte da Amazônia Airports (NOA), concessionária formada pelas empresas Socicam e Dix Empreendimentos, que assumiu a administração em setembro deste ano, após arrematar o empreendimento durante leilão realizado pela Anac, em agosto de 2022, com um lance de R$ 125 milhões.

A promessa da concessionária, que venceu o leilão do Bloco Norte II e administra também o Aeroporto Internacional de Macapá, no Amapá, era investir R$ 875 milhões em melhorias de infraestrutura e ampliação dos serviços nos dois empreendimentos ao longo dos próximos 30 anos. Até o momento, no entanto, nenhum anúncio de obras foi feito e sobram reclamações de quem precisa do aeroporto.

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