Frota desiste de integrar transição e alega ser alvo de ataques e preconceito
O deputado federal Alexandre Frota (PROS) declinou do convite para integrar o grupo responsável pela área de cultura no gabinete de transição de governo. Na noite de quinta-feira (24), ele disse ter sofrido ataques e preconceito por alas da esquerda após o anúncio de seu nome na equipe do presidente e do vice eleitos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).
“Tenho visto os ataques covardes e preconceituosos que eu tenho recebido por ter sido convidado para a transição na Cultura, ataques inclusive à minha família vem de uma ala da esquerda sapatênis do Leblon. O Preconceito está na Transição que fala em um País Plural”, publicou no Twitter.
“O Preconceito está na cabeça deles que falam da diversidade, de oportunidades pra todos, de respeito às diferenças, sem julgamentos (não é bem assim). Como estou de boa e não quero problemas, vou ficar com minha família e declinar do convite”, acrescento.
O anúncio do nome de Frota para compor a transição de governo foi alvo de amplas críticas por diferentes grupos, desde apoiadores de Lula a artistas e interessados no setor cultural, que alegam haver indicações de maior gabarito. O deputado se elegeu em 2018 com apoio declarado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado pelo petista nas eleições deste ano. A relação entre Frota e Bolsonaro foi rompida, e o deputado declarou apoio a Lula no pleito deste ano.
Na manhã desta sexta-feira (25), Frota citou de que forma contribuiria na transição. “Uma das coisas que eu poderia ter ajudado a construir era a tentativa de prorrogar a Lei Paulo Gustavo, que daria R$ 3,8 bilhões à cultura em 2023. A lei foi criada para auxiliar o setor cultural audiovisual por conta da pandemia e não é válida para 2023. Precisa um projeto urgente”, publicou também no Twitter.
FONTE: O TEMPO