18 de outubro de 2024

PRF e Funai são recebidos a tiros em ação na terra indígena

A Polícia Rodoviária Federal emitiu nota a respeito de um ataque feito durante a atuação de retirada de invasores da Terra Indígena Apyterewa, no Pará, na segunda-feira (4). A emboscada aconteceu por volta das 20h.

Equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) foram surpreendidas e atacadas durante a atuação de retirada. A Funai teve um servidor baleado, enquanto dois veículos da PRF foram atingidos por disparos de arma de fogo.

O servidor da Funai foi atingido no tornozelo durante a emboscada e passa por avaliação médica.

Segundo a nota, “na noite desta segunda-feira (4), agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram emboscados durante deslocamento de retorno da terra indígena Apyterewa. Os policiais estavam prestando serviços de segurança e apoio à Funai, dentro da operação de desintrusão das terras indígenas”.

“Os policiais responderam à injusta agressão e foram exitosos em cessar o ataque. Nenhum policial ficou ferido e um integrante da FUNAI foi alvejado no tornozelo. O servidor foi transferido para um hospital em Marabá e passa bem”.

“A operação é coordenada pela Presidência da República e conta com a participação da PRF, PF e Força Nacional”.

O governo federal tem trabalhado na retirada de não indígenas dos territórios demarcados e conta com a mobilização de mais de 300 servidores de 14 órgãos diferentes, incluindo a Força Nacional e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

A operação do Executivo teve início em 2 de outubro, após duas decisões para desocupação das terras indígenas, uma expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, e outra pela Justiça Federal.

A terra Apyterewa abriga cerca de 700 indígenas Parakanã que estão espalhados por uma área de 773 mil hectares. Segundo o governo federal, há registros de indígenas isolados e de recente contato dentro do território. Em 1996, o território foi demarcado e homologado.

Em 2019, a Polícia Federal (PF), em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), chegou a desativar um área de aproximadamente 1 milhão de metros quadrados utilizada para extração ilegal de ouro.

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