Violência política impede maior representatividade feminina na Câmara
A partir de fevereiro de 2023, a Câmara terá 91 deputadas, número maior do que as 77 parlamentares eleitas em 2018. Com esse aumento, na próxima legislatura a bancada feminina corresponderá a 17,7% do total de parlamentares. Acima dos atuais 15%, mas abaixo da média mundial, que é de 26%.
Para a 1ª Procuradora-Adjunta da Mulher da Câmara, deputada Maria Rosas (Republicanos-SP), a representação ainda é baixa, e, por isso, é preciso aprimorar as campanhas de incentivo.
Em entrevista ao programa Painel Eletrônico, da Rádio Câmara, ela apontou a violência política como um dos motivos que desestimulam as mulheres a ocuparem espaços de poder e decisão. “A violência política assusta a mulher, quando se depara com uma pessoa que vai cortar sua fala, que vai ameaçá-la”, afirmou Maria Rosas. “Isso é um dos pontos que a gente tem de combater.”
Maria Rosas lembrou que, nesta legislatura, a bancada feminina apresentou quase 200 projetos. Para 2023, a procuradora aponta três áreas prioritárias: violência contra a mulher; saúde; e empregabilidade.
Fonte: D24am