Lula faz mistério e mantém plano genérico para a economia às vésperas da eleição
Faltando três dias para o primeiro turno das eleições presidenciais, os candidatos preparam as últimas movimentações no xadrez eleitoral. Uma das incógnitas é o programa de governo do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O único documento oficial até agora indica, no próprio título, ser uma exposição de diretrizes, e não um plano para o mandato.
Em agosto, Lula entregou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o documento “Diretrizes para o Programa de Construção e Transformação do Brasil Lula Alckmin 2023-2026”, que tem 21 páginas e 121 itens. O texto diz ser um “ponto de partida para um amplo debate nacional”.
A intenção inicial do PT era divulgar, neste mês, um programa mais detalhado. Algo que já fizeram – e registraram no TSE – outros candidatos que estão entre os primeiros colocados na pesquisa BTG/FSB, divulgada na segunda-feira (26) (leia mais sobre a pesquisa ao fim desta reportagem).
A ideia de lançar um programa mais detalhado, porém, foi abandonada. A justificativa seria reduzir brechas para críticas dos outros candidatos, minimizar desgastes com sociedade e aliados e evitar a resistência de nomes que poderiam manifestar apoio ao petista.
A respeito da falta de detalhes sobre o que pretende fazer caso seja eleito, Lula disse, na última segunda-feira, que não precisa fazer promessas. “Não preciso ficar fazendo promessas porque eu tenho como avalista das políticas que eu vou fazer um legado de oito anos que foram de muito sucesso neste país, para todos os segmentos da sociedade”, afirmou em São Paulo.
FONTE: Gazeta do Povo