3 de dezembro de 2024

Trio ganha Prêmio Nobel de Física por descobertas sobre mecânica quântica

Um trio de cientistas foi condecorado com o Prêmio Nobel de Física pela Academia Real de Ciências da Suécia em Estocolmo, capital do país, nesta terça-feira (4). Os escolhidos são Alain Aspect, da Universidade de Paris-Saclay e Escola Politécnica, da França; John F. Clauser, da Califórnia, nos Estados Unidos; e Anton Zeillinger, da Universidade de Viena, na Áustria.

A premiação ocorreu por “experimentos com fótons emaranhados, estabelecendo as violações de desigualdades de Bell e pioneirismo na ciência da informação quântica”. Eva Olsson, membro do comitê do Nobel de Física, explicou a importância de reconhecer os estudos na área.

“A ciência da informação quântica anda a passos rápidos e vibrantes. Ela traz largas e potenciais implicações em áreas como segurança da transferência de informação, computação quântica e tecnologia da detecção. Sua origem está relacionada à mecânica quântica. Suas previsões abriram portas para outro mundo e também chacoalharam os fundamentos de como interpretamos medidas”, detalhou.

“O que hoje é considerado lógico, mensurável e quantificável foi inicialmente discutido por Niels Bohr e Albert Einstein em termos filosóficos. John Bell transformou o debate filosófico em ciência e forneceu fundamentos aplicáveis, que lançaram os experimentos práticos. Neste ano, o Prêmio Nobel de Física homenageia o trabalho inovador de Alain Aspect, John Clauser e Anton Zeillinger, que pegaram os desafios de Bell e os levaram para o laboratório”, completou a cientista.

A academia sueca aponta os computadores quânticos, as redes quânticas e a comunicação criptografada quântica segura como sendo áreas de aplicação das pesquisas em mecânica quântica. Os três cientistas dividirão 10 milhões de coroas suecas, cerca de R$ 4,8 milhões. O valor será entregue pelo rei Carl 16 em uma cerimônia em Estocolmo, no dia 10 de dezembro.

No ano passado, o Prêmio Nobel de Física foi entregue ao cientista nipo-americano Syukuro Manabe e ao alemão Klaus Hasselmann por seus trabalhos nos modelos físicos da mudança climática, assim como ao italiano Giorgio Parisi, por seu trabalho sobre a interação de desordem e flutuações nos sistemas físicos.

Ontem, a academia agraciou o paleogeneticista sueco Svante Pääbo, de 67 anos, com o Prêmio Nobel de Medicina. O reconhecimento ao cientista ocorreu após ele ter sequenciado o genoma do homem de Neandertal e descobrir o hominídeo de Denisova.

Fonte: D24am

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